quarta-feira, 7 de abril de 2010

Academia (a menopausa do espírito)

Aulas de desenho
Adentrar no curso de artes visuais da Universidade Federal do Pará foi importante por uma coisa: saber que realmente não quero ser um artista. Ou talvez, não este tipo de artista que a escola forma. Voltado para uma produção que agrade o mercado, que busca um sucesso atrelado a submissão. Concepção superada graças ao contato com novas/outras proposições poéticas, organizacionais e políticas que conheci ao dar meu primeiro passo para fora da universidade. Antes mesmo de sequer terminar o curso. Umas das primeiras crises que tive depois que passei a frequentar o curso de Educação artística (Habilitação em artes plásticas), atualmente Curso de Artes Visuais do Instituto de Ciências da Arte, foi saber que minha dificuldade, que já percebia desde a sétima série, de associar aquele conhecimento com nossas vidas, ainda existia. Agora a diferença é que percebo a dificuldade, mas não em mim. Logo depois, a crise foi a frustração de não ter o don do artista, concepção romantica que já me acompanhava toda a vida e ainda permaneceu até meados do curso. Então daí a necessidade de vivências artisticas, principalmente com novas concepções, pois na academia, já me sentia anulado, formatado e subjulgado pela própria técnica.



Rodrigo Barros - "Um passo a frente e você não esta mais no mesmo lugar"

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