quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A nostalgia do existir

Hoje de manhã, o clima estava respirando vida. Sol ameno, ar frio das manhãs. Depois de levar o Iúca na escola resolvi saber porque tinha tanto papel no meu quarto. Fiz um festival de rasga e amassa, entre contas, propagandas, anotações sem sentido, receitas médicas, desenhos antigos e agenda velhas cheias de vidas anotadas, achei um livreto artesanal se apagando, ao ver o livro, uma sensação estranha, o livreto foi "plantado e nascido" como o autor mesmo dizia de sua transa com o mundo. Luciano Guerreiro é ou era um desses cavaleiros errantes, a caminhar armado de poesia e inventividade. Seu sotaque lhe entregava logo de cara, era artista pernambucano, da mais alta nobreza sertaneja, andarilho, poeta, escultor de casca de taperebazeiro. Lembro do dia em que ele e Felipe Maranhão atravessaram o rio Guamá à nado, da beira da UFPA até o Combú, coragem nunca foi problema para sua eterna Vida/performance. Uma vontade de viver como poucas. Amava os loucos , as putas e os vagabundos. 


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